Autoestima: Vamos conversar

Hoje, 1/3 da população mundial sofre com problemas de 

autoestima, pessoas que possivelmente não tem isso e na maioria do tempo estão se culpando ou se achando menos do que deveriam ser. Muitas pessoas ainda encaram isso como uma doença, mas NÃO, isso é um sentimento que pode sim levar à doenças, principalmente a depressão. E, no entanto, não existe um diagnóstico.

Eu não quero explicar sobre autoestima, até porque não sei 

de tudo e isso é um assunto que não se dita opiniões, apenas quero conversar aqui sobre como as pessoas ainda não enxergam isso de maneira preocupante e como isso me deixa indignada.

Toda a população praticamente liga autoestima à beleza quando não é disso que se trata, sim, existem pessoas que se sentem mal com sua aparência, mas a autoestima ou a falta dela se trata de qualquer aspecto que a pessoa se sinta inferior, seja na beleza, na inteligência, na personalidade, então não dá para resumir autoestima em aparência. Eu fico muito triste quando ouço alguém dizer que está sofrendo com isso e escuto outra pessoa falar: “mas você é bonita.” NÃO CARA, NÃO É SÓ BELEZA.

Outro ponto bacana de ser citado é que sim, a gente precisa tomar muito cuidado com o que estamos dizendo, encher a boca para falar é muito simples quando não se passa pela situação, e tentar definir como o outro se sente é realmente angustiante para quem está passando pelo problema. Então dose suas palavras ao só criticar alguém, tente ver lado bom nas pessoas, tente ser grato por ainda ter pessoas ao seu redor, e não só julgue drama todo mundo que se sente mal por você não saber valorizar o quão importante elas são.

As pessoas que sofrem com isso geralmente se sentem frustradas a não realizar algo que desejavam muito, descumprirem metas, ficam ansiosas demais e acabam gerando medo de serem humilhadas e criticadas, se sentem incapazes de realizar coisas, se sentem inferiores, em pouco tempo isso começa a dominar a cabeça delas e elas começam a se afastar das pessoas e no início elas ainda culpam as pessoas do tal afastamento, começam a ter aí problemas sociais, muitas vezes falta de compreensão da família e amigos e isso vai se agravando até se tornar uma síndrome do pânico, um transtorno de ansiedade, bipolaridade ou depressão. É muito complicado a identificação do problema e por isso a maioria das pessoas vai ficando cada vez mais inseguras e não conseguem perceber, simplesmente vão ficando até verem que adoeceram mentalmente.

As pessoas ainda consideram isso como drama, acho que isso é o ponto em que eu fico com mais raiva, mas entendo que a falta de conhecimento acaba deixando algumas pessoas leigas no assunto, e isso não é tão culpa delas assim, então se você não tem a mínima noção do que está acontecendo, apenas fique em silêncio e procure não dar dicas e nem opiniões sobre o assunto.

Agora eu quero falar muito com você que tem o problema, se sente mal, se sente inferior. Primeiro gostaria que buscasse ajuda de um profissional, só ele vai realmente te conhecer e saber o que fazer de modo com que resolva mesmo o problema, mas em segundo lugar eu queria ser apenas um apoio e dizer o que quase ninguém diz: EU TE ENTENDO E TE APOIO. E não, isso tudo que você está pensando sobre si mesmo é só sua cabeça tentando fazer com que você não reconheça sua importância, mas você é, e existem pessoas que te amam demais.

No entanto, pessoas com autoestima em decadência, não precisam se arrumar mais, nem verem o Sol, elas precisam de pessoas para as apoiarem, elas precisam de compreensão, elas não precisam ficar escutando que isso é “drama” e muito menos que elas “tem mais é que sair”. Essas pessoas necessitam do seu amor, ame-as.

Espero que quem quer que esteja lendo, esteja muito feliz. Amo vocês, BEIJOS ❤